Em meio a flexibilização, mortes por coronavírus sobem 40% na região

Em meio a flexibilização, mortes por coronavírus sobem 40% na região

Em sete dias, foram contabilizados 38 novos óbitos; sistema de saúde pode entrar em colapso

Em meio a flexibilização da quarentena, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) apresentou, entre os dias 24 e 30 de maio, segundo nota técnica produzida pelo Observatório PUC-Campinas, 38 novas mortes por coronavírus. O número representa um aumento de 39,47% em relação à semana anterior. Os casos notificados (823) cresceram 28,39%. O avanço acelerado da pandemia ocorre quando, de acordo com a “quarentena inteligente”, adotada pelo Governo Estado de São Paulo, as cidades da RMC foram liberadas para retomar algumas atividades.

Formado por 41 municípios, o Departamento Regional de Saúde de Campinas foi classificado na fase 2 pela Secretaria Estadual de Saúde e pelo Comitê de Contingência da covid-19, que prevê aberturas com restrições para imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércios e shoppings.

Para os especialistas envolvidos na elaboração da nota técnica, o afrouxamento das medidas de distanciamento social é extremamente preocupante, diante do cenário de elevação no número de casos na região.

Em comparação com as demais cidades brasileiras, 12 dos 20 municípios da RMC estão entre os 50% com maior incidência, com média de 65 casos a cada 100 mil habitantes.

Em Vinhedo foram anotados, segundo Boletim Epidemiológico divulgado pela prefeitura, 99 casos confirmados, sendo uma vítima fatal. Há outros 34 casos em investigação, inclusive uma morte.

A Secretaria da Saúde confirmou mais uma morte e outros 31 casos positivos de covid-19 em Valinhos na quarta-feira (3). Com isso, chega a 11 o número de óbitos pela doença e a 219 o total de registros positivos notificados pela secretaria.